Que os exercícios físicos são benéficos para o coração não é novidade. Mas você sabia que os benefícios da atividade física podem se estender para o trato gastrintestinal? Existem evidências de que a doença gordurosa do fígado (DGF) está ligada à falta de atividade física e baixa capacidade aeróbica, além da dieta inadequada.
Manter o peso ideal ou perder peso quando há sobrepeso ou obesidade através de intervenções no estilo de vida são uma boa estratégia para prevenir ou tratar a DGF. Um estudo que avaliou pacientes com DGF comprovada por biópsia mostrou que exercícios físicos vigorosos reduziram a chance de desenvolver fibrose avançada no fígado, uma complicação que pode evoluir para cirrose. E o que a atividade física tem a ver com as pedras na vesícula? Recentemente, a Associação Europeia de Estudos do Fígado (EASL) destacou que a atividade física também atua como protetor contra a formação de pedras na vesícula, os chamados cálculos biliares.
A falta de atividade física e a alimentação em excesso, além de levar a um aumento do índice de massa corpórea, também aumentam a produção de colesterol no fígado, que atua como precursor da formação de cálculos. Por fim, a atividade física melhora o funcionamento e a ecologia intestinal, aumentando as bactérias comensais (boas) e enriquecendo a diversidade da microflora, que atua modulando a produção de substâncias envolvidas na inflamação do organismo.
Com todos estes benefícios da atividade física, vamos começar a nos exercitar?
Referência: Molina-Molina E et al. Exercising the hepatobiliary-gut axis. The impact of physical activity performance. Eur J Clinical Investig 2018;48(8):e12958.